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SEGURANÇA PÚBLICA

Fábrica clandestina de bebidas em SP usava etanol adulterado de postos

Suspeita é de que o PCC esteja envolvido | 10.10.25 - 19:18 Fábrica clandestina de bebidas em SP usava etanol adulterado de postos Fábrica clandestina de bebidas usava etanol adulterado de postos (foto: UFPR)

São Paulo - A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou nesta sexta-feira (10) que considera forte a possibilidade de que a origem da contaminação de bebidas com metanol esteja na compra, por falsificadores, de etanol combustível adulterado com metanol. A suspeita é de que o Primeiro Comando da Capital (PCC), investigado por adulterar combustíveis e lavar dinheiro em postos de gasolina, esteja envolvido.
 
"Ou seja, o crime organizado adulterava o etanol para lucrar, e esse etanol contaminado acabou sendo usado por falsificadores de bebidas", disse o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, em entrevista coletiva. 
 
A pasta informa que os responsáveis podem responder por associação criminosa e até homicídio culposo, e que o Ministério Público deve avaliar as linhas de investigação. 
 
Essa linha de investigação surgiu no rastro do primeiro óbito dos cinco já confirmados no estado. No bar que a vítima frequentou, foram apreendidas nove garrafas, oito delas com presença de metanol, variando de 14,6% a 45,1% do conteúdo. 
 
Segundo a Polícia Técnico-Científica, algumas das garrafas continham apenas metanol, sem presença de álcool etílico. O órgão informou que 1,8 mil garrafas foram apreendidas em diversos estabelecimentos. Destas, 300 já foram periciadas, sendo que cerca de 50% apresentaram de 10% a 45% de metanol.
 
Em depoimento, o dono do bar confessou que havia comprado as garrafas de uma distribuidora não autorizada, investigada posteriomente e, de acordo com a polícia, utilizava etanol de posto de combustíveis na fabricação irregular das bebidas. “O falsificador foi no posto comprar etanol para falsificar a bebida, e o dono do posto vendeu etanol falsificado com metanol”, explicou Derrite.
 
No final de setembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, havia dito que o problema das contaminações por metanol em bebidas alcoólicas é “estrutural”, não tendo relação com o crime organizado. (Agência Brasil)

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